Notificação de Reacções Adversas: é uma actividade de Saúde Pública, cujo objectivo é a identificação, avaliação e prevenção dos riscos do uso dos medicamentos e outros produtos de saúde.
Ferramentas utilizadas na monitorização das notificações de reacções adversas a medicamentos (RAM) e de produtos sem qualidade.
- Ficha de notificação de reaçcões adversas utilizada em Angola Ver ficha.
- Ficha de notificação de produtos sem qualidade Ver ficha.
Importância da notificação das Reacções Adversas.
A notificação de suspeitas de reacções adversas a medicamentos pelos profissionais de saúde, permite a detecção de sinais associados à segurança dos medicamentos, podendo conduzir a:
- Detecção de novas reacções adversas medicamentosas.
- Alteração da frequência de reacções adversas já conhecidas.
- Identificação de novas interacções medicamentosas.
- Questões associadas ao modo de utilização do medicamento.
- Melhor conhecimento do perfil do medicamento.
Podem existir reacções adversas, por exemplo raras ou de aparecimento tardio, que não são detectadas durante a fase experimental do desenvolvimento do medicamento. Estas reacções adversas poderão ser identificadas através da notificação espontânea, com a utilização mais alargada do medicamento.
O que notificar
Todas as suspeitas de reacções adversas a medicamentos (RAM) e Evento Adverso Pós Vacinação (EAPV), obtidas durante as práticas clínicas habituais.
Como notificar
Para uma notificação ser válida, é necessário fornecer 4 informações:
- Os dados do doente (como iniciais, idade ou sexo).
- Os medicamentos suspeitos de terem causado a RAM.
- As reacções adversas observadas.
- Os meios de contacto do notificador da RAM.
No entanto, para facilitar a avaliação do caso, a informação fornecida deve conter o maior número de dados possíveis. Importa referir que os dados pessoais merecerão um tratamento confidencial.
Como preencher a ficha de notificações e reacções adversas.
A Ficha de notificação de Reacções Adversas à medicamentos possui 5 partes:
- A primeira parte, destina-se para identificar a Unidade Sanitária, o tipo de serviço bem como a sua localização (informação inicial e complementar).
- A segunda parte, permite identificar o paciente.
- A terceira parte, destina-se a retratar a situação relacionada com os medicamentos.
- A Quarta parte, destina se para descrever de forma breve os efeitos indesejáveis que foram produzidos pelo medicamento.
- A quinta parte, serve para identificar o notificador quer seja profissional de saúde ou não.
Garantia de confidencialidade.
A notificação de RAM obriga ao envio e tratamento de alguns dados pessoais, quer do doente quer do notificador (contacto). Só assim é possível validar a notificação e/ou contactar o notificador se houver necessidade de esclarecimento ou informação adicional. O tratamento desta informação cumpre os requisitos legais em matéria de protecção de dados garantindo-se a sua segurança e confidencialidade. A informação sobre os dados pessoais não é partilhada com entidades externas ao Sistema Nacional de Farmacovigilância.
Para onde enviar.
Em caso de dificuldades na submissão de uma notificação através do Portal RAM, deve contactar o Departamento de Farmacovigilância através do endereço de email: farmacovigilanciangola@minsa.gov.ao ou através do nº de telefone: 936123282. Poderá ainda notificar em papel, imprimindo e preenchendo a respectiva ficha de notificação Ver ficha.